terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Fácil.
Fez igual chiclete, grudou nela e lá ficou, até secar. E ela cheia de vergonha, dando um gelo atrás do outro, desgrudou o infeliz. Ufa!
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
Meu mundo.
Elas subiam mais e mais, passando por cima da cerca. E, observando aquelas bolhas de sabão, a pequena menina se perguntou o que havia além daquelas madeiras desgastadas pelo tempo. Como é que nunca pensara nisso antes? Ah, aquelas bolhas furta-cor... levavam seu pensamento para longe. Todo o longe que existia além daquela cerca. E foi numa pilha de tijolos e madeira, ali abandonada, que ela subiu para desvendar o mundo. A ponta de seus sapatinhos brancos cuidadosamente equilibrada sobre uma torre de expectativas. Os olhos arregalados subiam auxiliados pelos dedinhos pendurados na cerca suja e cheia de farpas. No mesmo instante em que o menino de boné amarelo olhou para ela, já sem forças, a menina caiu sentada no chão. O fato é que entre uma piscadela e outra, ela teve a certeza de que o mundo não poderia ser melhor. E a partir daquele dia, nenhuma outra cerca despertou sua curiosidade. Pra quê mais?
Assinar:
Postagens (Atom)