sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Você.


Me conta onde tem alguém assim igual a você? Do tipo meio louco, meio lindo. Entre o confuso e o ansioso. Alguém que sinta igual a mim. Com aquela sua mania de  buscar sinais em tudo. Sabe como é? Então diz que existe mais alguém assim. O que eu preciso é que esse cara complete minhas frases com imagens e depois dê uma gargalhada bem gostosa. Assim, igual a sua. Ah, já sei, você tá achando graça, né?! Então pergunta pra sua mãe se não tem outro igual lá de onde você veio. Um amigo, um primo. Eu quero alguém igual. Nem mais nem menos que você. Então eu vou abraçá-lo todos os dias com a certeza de que ao meu lado está o melhor de você que posso ter. Me ajuda?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Hoje.

De saco cheio do mundo, colocou o pouco que tinha na bolsa, dobrou as poucas sacolas que encontrou pelo caminho e foi buscar sua bagagem de vida.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A partida.


Sentimento tão confuso essa tal de saudade
Numa hora causa espanto, na outra vem com humildade
Se quisesses tu me amavas, susurrou ela ao coração
E ele, com cara feia, foi logo dizendo não
Vai-te embora pra bem longe, eu nunca vou te procurar
E ela, sem saber pra onde, resolveu que nem pensar!
Eu já disse que não gosto, que não quero e ponto final
Mas acontece que se eu for, esse vazio será meu mal
E do que é que tens medo, com esse tamanho e essa idade?
Esse vazio de que tenho medo, é de mim mesma: a saudade

O anúncio.


Ah primavera! Sempre tão gentil. Das flores, do orvalho, das cores mil.
Fez brotar na terra, chão sem fim, o tapete verde da casa do mundo.
E de tão alegre, no céu se viu um pássaro, que com seu canto dizia tudo.
- Ela chegou, e não vem sozinha, trouze o sol e o calor!
Mas o que ele não sabiam é que, com ela, vinha o amor.

O mundo.


Foi rodando, rodando, rodando. Que nem peão depois que acaba o barbante. Viu o céu, espiou a grama, ouviu um pássaro ao longe, sem saber a direção. Quando parou, caiu no chão. Não sabia quem girava mais, se ela ou o mundo. Ordenou que parasse, pediu para descer, mas o mundo não ouviu. E continuou rodando. Continuou vendo, continuou espiando e continuou ouvindo. Sem saber ao certo o que, ou de onde, o mundo continuou sorrindo. E rodando, rodando, rodando.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um canto no conto.


Era daquele tipo que arrancava muitas risadas e nenhum suspiro. Sempre o mais. Mais engraçado, mais simpático, mais divertido, mais amigo. Aliás, era geralmente o melhor amigo. Dos caras e das meninas afim deles. Era cupido sem querer. Usado e deixado de canto. E foi num desses cantos que a conheceu. Sentada quietinha. Essa era um verdadeiro doce. Sempre a melhor. Melhor em matemática, melhor em passar cola, melhor em ouvir o desabafo das amigas. E também era boa o suficiente para ficar do lado delas, enquanto essas conversavam com seus pretendentes, afim de despistar a mamãe. Estava sempre dando uma força pro cupido. Mas dessa vez, era ele quem precisava de uma ajudinha. E não se sabe quem foi que atirou a flecha, mas os dois descobriram que também tinham seu lugar no mundo. E naquele canto, eles foram felizes para sempre.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Chegado e partido.

Ele chegou pensando em partir, o seu coração.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Constatando.

A distância pode até ser amiga da saudade. Mas é irmã do esquecimento.